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Cuidados para Quem pede Empréstimos

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Cuidados para Quem pede Empréstimos

3 min Partilhar 6 de Maio, 2013

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Apesar do acesso ao crédito possuir algumas restrições ainda existem um grande número de pessoas a contratar empréstimos para os mais diversos fins. Se hà sensivelmente 5 anos existia muitas dificuldades em compreender as características dos empréstimos, hoje e apesar de uma série de documentos regulamentares que entretanto surgiram, não se verifica grandes melhorias na compreensão dessas características.

Por incrível que pareça, são as mais fundamentais características que passam ao lado na hora de contratar um empréstimo e muitos clientes teimam em ignorar esses elementos. Porventura acredito que a mente humana teima em emitir sinais de muito curto prazo nos clientes e oculta a verdadeira informação mesmo que esta esteja presente.

Continua em muitos clientes a existir a cultura do “Cabe no Bolso” e pouco a cultura do “Quanto me vai tirar do bolso”. Com isto não pretendo dizer que existe empréstimos ou que todos os empréstimos são negativos, pretendo sim, recomendar o olhar atento sobre as condições dos mesmos a fim de negociar as melhores condições e tomar as melhores decisões.

vender dinheiroVoltando ao fundamental, que cuidados devem ter com empréstimos.

Custo Efetivo do Empréstimo

Fala-se tanto sobre a taxa anual efectiva dos empréstimos, no entanto esta continua a ser apresentada com um indicador percentual, o que está correcto, no entanto, é pouco valorizada na hora de tomar a decisão de pedir um empréstimo.

Considero como melhor indicador que certamente influenciará a decisão que irá tomar, o montante total imputado ou o custo total do empréstimo.

Uma grande maioria dos empréstimos já possui um documento onde esse valor está presente, isto é, a ficha de informação normalizada que além deste indicador possui imensos outros de valor acrescido. Todavia, a não existir tal documento, as contas são fáceis de fazer e dão-lhe uma ideia geral de quanto custará o seu crédito, mas para isso solicite:

  • Montante da prestação mensal total ( Inclui juros, capital, seguros, impostos, comissões);
  • Custos iniciais de contratação (Abertura, Análise, preparação e formalização, entre outros);

Assim que souber estes valores é só multiplicar o valor da prestação mensal total pelo numero de prestações e somar ao valor todos os custos iniciais de contratação. Agora compare com o valor que solicitou e saberá quanto lhe irá custar o seu crédito. Fácil…

Cuidado Com a Armadilha do Prazo

É possível constatar regularmente que um grande número de clientes condiciona a sua decisão ao valor da prestação. Se a prestação é suportável então reúne as condições necessárias para avançar com a operação. A semelhança do custo efectivo do crédito, o prazo actua como uma armadilha na tomada de decisão.

Está é uma realidade enganadora, “Prazos longos devolvem uma taxa anual efectiva menor”, todavia o custo efectivo é bem superior.

Fique com uma ideia com este exemplo:

Como pode verificar, se apenas tomar decisões pelo valor da prestação mensal que será claramente inferior em prazos mais longos e até respeitar uma das recomendações mais anunciadas pelos ditos especialistas, isto é a taxa anual efectiva, terá uma decisão penalizadora para as suas finanças.

Lembre-se que o que lhe interessa sempre é pagar o menos possível pelos seus empréstimos, na globalidade, e não possuir as melhores taxas de juro ou melhores taxas efectivas.

Cuidado Com as Contrapartidas do Seu Empréstimo

Algo muito comum que é aceite pela maioria dos clientes bancários, na verdade, o interesse em possuir o crédito aprovado é tão grande que se apresentar condições para aprovação o cliente pouco questiona sobre os produtos associados ou as contrapartidas.

Não existem grandes problemas com os produtos e contrapartidas normais ou aceites, como por exemplo, o seguro de vida, a domiciliação de ordenado e despesas periódicas, no entanto, alguns produtos e até mesmo alguns dos habituais são pouco convidativos.

Veja o simples seguro de vida que muitos bancos, no empréstimo pessoal, estão a preferir o pagamento total da apólice de seguro (pagamento único) ao contrário do pagamento faseado ao longo do empréstimo. A desvantagem é que, se optar pela liquidação antecipada do crédito não verá devolvido o dinheiro que pagou a mais pelo seguro.

De igual modo, a condição de existência do cartão de crédito activo e com movimento estipulado, cria condições para o lapso ou esquecimento no cumprimento levando o cliente a suportar eventuais penalizações pelo não cumprimento.

O Que Concluir

O que mais habitual se apresenta nos empréstimos é muitas vezes o menos analisado pelos clientes o que nos leva acreditar que a maioria dos clientes já as aceita com condições obrigatórias do empréstimo. Por outras palavras, “faz parte”, o que está errado e deveria ser analisado e discutido na hora de tomar a decisão de recorrer aos empréstimos.



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