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Finanças Pessoais – Os Pilares do Sucesso Financeiro

Finanças Pessoais

Finanças Pessoais – Os Pilares do Sucesso Financeiro

7 min Partilhar 3 de Setembro, 2015

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Finanças Pessoais

O campo das finanças pessoais é algo complexo e exige uma constante tomada de decisões. Decisões de consumo, de poupança, de investimento… muitas decisões que podem assumir uma maior complexidade com as complicações naturais do dia-a-dia. Neste artigo vamos falar-lhe dos pilares para uma melhor organização do seu dinheiro e das suas finanças pessoais.

Infelizmente, não é costume ocuparmos muito tempo com a organização das nossas finanças pessoais. Aliás, são conhecidos os inquéritos dos reguladores à (des) organização das finanças das famílias. Neste contexto, é fundamental perceber os pilares ou as bases para o seu sucesso financeiro. Não são segredos e não são fórmulas mágicas. Antes, são fatores que tem de dominar para começar a ganhar alguma liberdade financeira e seguir atrás dos seus sonhos.

Os Três Pilares das Finanças Pessoais

As decisões financeiras da generalidade das pessoas são assentes em 3 grandes áreas que se complementam e reforçam mutuamente:

1.       Decisões de Consumo do Dia-a-Dia;

2.       Poupança e Investimento;

3.       Crédito.

Uma correta gestão destas três grandes áreas irá permitir um maior conforto e segurança financeira. Na realidade, não vivemos para o dinheiro. Antes, o dinheiro existe para nos servir e para permitir um maior conforto nas nossas vidas.

Decisões de Consumo

As decisões de consumo são as decisões que tomamos com maior frequência. Desde que acordamos até que nos deitamos (e até nos sonhos) somos confrontados com a necessidade de tomar opções. E neste contexto a emoção e a razão estão numa constante luta. Queremos viver com conforto e ter alguns prazeres mas temos de os pagar… e como gerir todas estas emoções?

Para o ajudar deixamos 3 grandes ideias que poderão fazer toda a diferença na gestão das suas finanças pessoais e melhorar as suas decisões de consumo:

Postura Permanente de Corte de Custos

O consumo e a poupança são atitudes que temos perante a vida. É claro que grande parte do consumo é em bens essenciais. Mas uma fatia importante do nosso dinheiro é dirigido a bens supérfluos ou mesmo a despesas que são demasiado elevadas para o nosso orçamento familiar. E aqui podemos cortar. Mesmo mantendo o mesmo consumo e os mesmos serviços é possível poupar dinheiro.

Não defendemos que devemos viver para o dinheiro. Nada disso. Mas por que não dedicar alguma parte das nossas vidas a organizar o nosso dinheiro? Por que não olhar com frequência para as nossas despesas e questionar-nos se fazem sentido?

A poupança é uma postura que se ganha com hábito. Se queremos poupar temos de estar atentos às despesas e ao consumismo, deixando naturalmente algum espaço para a espontaneidade e para alguma “loucura” ou extravagância.

Sugestão de Atuação – Sugerimos que reúna a família e numa base trimestral ou semestral questionem-se sobre as principais despesas e sobre formas de as reduzir. Por exemplo, é possível renegociar os seus contratos de telecomunicações, alterar a assinatura do ginásio ou mesmo passar a levar o almoço para o trabalho.

Gastar Menos do que Ganha:

A segunda grande ideia para controlar as suas finanças pessoais no consumo do dia-a-dia consiste em gastar menos do que ganha. É óbvio? Sim. Mas por algum motivo é algo que é muitas vezes esquecido. Claro, temos acesso aos cartões de crédito, ao descoberto autorizado da conta ordenado ou mesmo a créditos pessoais rápidos… e estas facilidades tornam-se grandes dificuldades especialmente em situação de stress.

Gastar menos do que ganha irá libertar dinheiro para as suas poupanças (que veremos no ponto seguinte) e verá que terá um sentimento de segurança financeira como não tinha no passado. E o melhor é que muitas vezes conseguimos gastar menos do que ganhamos simplesmente ao cortar algumas pequenas despesas (por exemplo, se passar a trazer o almoço de casa duas vezes por semana estará já a poupar perto de €40 por mês).

Sugestão de atuação – Olhe para os seus hábitos do dia-a-dia e veja se é possível reduzir as suas despesas com ligeiras alterações de consumo. Por exemplo, fumar menos 3 cigarros por dia ou escolher um restaurante mais barato (acredite, vai fazer toda a diferença).

Muito Diálogo faz bem às Finanças Pessoais

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A terceira grande ideia no campo das suas finanças pessoais passa por ganhar o hábito de falar sobre dinheiro em casa. Com moderação mas com a frequência necessária para permitir um controlo rigoroso do dinheiro da família.

Sugerimos que crie o hábito de reunir com o seu cônjuge uma vez por mês para discutir o orçamento familiar. Nestas reuniões terão oportunidade de falar sobre os objetivos e sonhos da família. Sobre as despesas comuns e individuais. Sobre objetivos e esforços de poupança. Entre outros…

Deverá também criar hábitos de diálogo com os seus filhos de modo a transmitir-lhe a importância do dinheiro e da tomada de opções. Acredite que desde os três ou quatro anos de idade as crianças já têm a capacidade para perceber alguns termos e conteúdos… experimente dar-lhes um mealheiro e verá a diferença!

Poupança

A segunda grande área de decisão em finanças pessoais é a que envolve as decisões de poupança. Quanto poupar? Como poupar? Onde aplicar o dinheiro? Tudo decisões mais ou menos simples mas que se tornam mais complexas com o impacto das estratégias de marketing agressivo (que pode ser reduzido se passarmos a ver menos televisão!).

A Poupança deve ser Automática:

Se quer poupar tem de tornar o processo de poupança em algo automático. De nada adianta achar que vai conseguir transferir manualmente algum dinheiro de forma voluntária. Não vai, pelo menos de forma consistente. Três ideias que deverá implementar desde já:

  • Identificar uma conta poupança que se adeque as suas necessidades e objetivos. Idealmente esta conta deverá ser independente da sua conta à ordem normal;
  • Programar uma transferência automática para esta conta poupança;
  • Transferir o dinheiro logo que receber o seu ordenado.

Experimente esta estratégia em três passos e verá que ao final de algum tempo já se esqueceu que está a poupar. Temos muitos formandos que nos dizem que não poupam mas que a meio da formação afirmam que têm um PPR ou uma transferência automática… mas que já se esqueceram 🙂

Defina Objetivos de Poupança

O ser-humano é um ser de hábitos que precisa de motivação para agir. No campo da poupança, temos de saber por que estamos a poupar. Saber o objetivo irá tornar o processo muito mais fácil pois conseguiremos ter um propósito para o sacrifício. Sugerimos ter 3 grandes objetivos:

  • Criação de um fundo para emergência, que servirá para lhe transmitir a segurança financeira de saber que está seguro em caso de dificuldades ou imprevistos;
  • Fundo de poupança para o longo prazo. Poderá destinar o dinheiro para a reforma, para os estudos dos filhos ou outras. Poderão ser vários objetivos numa mesma conta;
  • Poupança para um pequeno prazer ou para o recompensar por ter atingido os objetivos a que se propôs nos dois pontos anteriores.

Com estas três contas poupança estará a assegurar a sua segurança financeira, assegurar a satisfação de objetivos e necessidades ao mesmo tempo que ganha uma motivação adicional ao premiar-se por atingir todos estes objetivos. Já viu? Faz sentido?

E onde Investir o seu Dinheiro?

O campo dos investimentos é um campo ainda mais complexo. Podemos dizer que anda paralelamente à poupança pois envolve um conjunto de conhecimentos acrescido. Conhecer diferentes classes de ativos e produtos financeiros. Conhecer os seus riscos e as suas oportunidades. E definir uma política de diversificação…

No campo dos investimentos costumamos alertar para algumas ideias muitos simples mas poderosas:

  1. Diversifique os seus investimentos por diversas classes de ativos;
  2. Investa de forma regular, o que permite alizar os momentos de entrada nos mercados;
  3. Invista para o longo prazo de modo a beneficiar de retornos compostos;
  4. Invista apenas nos produtos que conhece e não invente;
  5. Procure o investimento coletivo, nomeadamente os fundos de investimento.

Crédito

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Por fim, falamos do crédito, uma ferramenta financeira que costuma ter associado sentimentos de amor e de ódio. Queremos o crédito mas não gostamos de pagar as prestações. Achamos que o banco nos procura enganar mas gostamos de poder satisfazer as nossas necessidades e os nossos prazeres e sonhos.

O crédito é uma ferramenta que quando bem utilizada permite poupar dinheiro ou ganhar dinheiro em projetos criadores de valor. Adicionalmente, permite-nos fazer face a despesas que de outro modo não teríamos possibilidade. O problema é que muitas vezes pedimos crédito sem avaliar:

  • As possibilidades reais de o suportar;
  • Se existem ou não alternativas ao crédito;
  • Se precisamos mesmo do crédito.

Seja Prudente:

Quando falamos de crédito alertamos sempre para a necessidade de uma postura de prudência. Temos de nos perguntar diversas vezes se devemos fazer o crédito. Perguntar se temos alternativas e se temos a capacidade de pagar o crédito, mesmo que a prestação suba.

Por vezes, quando vamos ao banco pedir crédito tendemos a desconsiderar as informações e as letras pequenas. Mas são estas informações e letras pequenas que temos de ler pois são elas que regulam a nossa relação com o banco. Os argumentos “ai não sabia” têm de deixar de existir…

Procure Alternativas:

Existem créditos e créditos. Existem instituições financeiras credíveis e outras menos credíveis. Existe o financiamento institucional e os créditos particulares (fuja destes últimos rapidamente).

A procura por alternativas no crédito consiste na negociação das melhores taxas de juro do seu crédito. E isto passa por consultar diversos bancos e instituições financeiras em simultâneo, o que também é possível fazer com recurso ao nosso simulador de crédito e apoio dos nossos consultores (sim, fazemos o trabalho todo por si sem um custo associado). O fundamental é mesmo procurar alternativas e negociar.

Faça Revisões Regulares

A última ideia deste artigo que já vai longo consiste em fazer revisões regulares da sua carteira de créditos. Pode acontecer ter diversos créditos e com diversas tipologias, prazos, taxas e finalidades. E é possível poupar muito dinheiro com três alternativas:

  1. Negociação das condições contratuais, o que possibilitará poupanças interessantes mas que também poderá levar ao aumento do montante total de juros que suportará ao longo do contrato;
  2. Consolidação de créditos, que permite poupar dinheiro especialmente se utilizar o crédito consolidado com hipoteca. Aqui conseguirá reduzir a taxa de juro média dos contratos ao mesmo tempo que poderá poupar muito com os seus cartões de crédito.
  3. Alterações no seu crédito habitação, que poderão consistir no já referido crédito consolidado com hipoteca ou na transferência/negociação do seu crédito de modo a reduzir o seu spread. Aliás, esta última alternativa assume-se cada vez mais como inevitável numa altura em que os bancos estão apostados em baixar os spreads e de novo em guerra para atrair novos clientes.

Como vemos, a gestão das finanças pessoais envolve muitas variáveis e assume-se como algo complexa quando incorporamos na equação questões emocionais e a estratégia de marketing das empresas de grande consumo, dos bancos e de outras entidades interessadas em vender-nos tudo e mais alguma coisa.

Neste artigo procurámos alertar para algumas variáveis e dicas a ter em conta para controlar as suas finanças pessoais. Sugerimos que siga as ligações que lhe recomendamos ao longo do artigo pois acreditamos que assim conseguirá aprofundar os seus conhecimentos neste mundo tão aliciante e desafiante do dinheiro e das finanças pessoais.

E agora? Está pronto para ganhar e gerir melhor o seu dinheiro? Deixe-nos as suas dicas e partilhe connosco as suas estratégias 🙂



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