Muitas vezes ouvimos que o tempo resolve tudo, quando na realidade muitas vezes o tempo agrava tudo. Não atacar os problemas de frente e na altura certa poderá vir a sair-lhe muito caro. Aliás, todos os problemas financeiros graves começaram por ser problemas pequenos. Se atacados na altura seriam resolvidos pela raiz…

Qual a Causa das Dificuldades Financeiras?

As dificuldades financeiras pelas quais está a passar são estruturais ou pontuais? Ou seja, a origem do problema é identificável por uma situação pontual ou não consegue perceber o que está a fazer de errado? Qualquer uma das situações é grave e precisa de resposta urgente, mas quando os problemas são estruturais é importante começar por fazer um diagnóstico profundo à sua vida financeira: qual o total das receitas (todas)? Qual o total das despesas (todas)? A diferença entre as receitas e as despesas vai dar-lhe a sua situação líquida. Com este exercício de apuramento da sua situação líquida irá ficar espelhado onde está o desequilíbrio e assim começar a definir formas de atuação para correção do desvio.

Quais as Despesas Ajustadas ao Orçamento Familiar?

É caricato, mas as necessidades das pessoas estão indexadas ao nível do seu rendimento. Há quem afirme que determinadas despesas são essências para viver, quando ao lado pode estar alguém que nem nunca pensou na possibilidade de ter essa despesa. Aumentamos o estilo de vida e é muito difícil fazer um ajustamento para baixo. Por exemplo, quantas pessoas colocam nas despesas essenciais cerca de €40 em telecomunicações (pacotes promocionais aparentemente muito económicos) quando há tantas pessoas por esse país fora que vivem o seu dia-a-dia com a TDT e com um telefone em que não gastma mais de €5,00/mês?

Devemos questionar-nos como é que antes conseguíamos viver confortavelmente com um orçamento familiar mais reduzido e agora tal parece impossível?

O aumento do rendimento é uma oportunidade para acautelar o futuro. Não é necessariamente uma obrigação para aumentar o estilo de vida e assumir determinados gastos como necessários para a nova condição de vida. Se assim tivemos reagido, com muita certeza que os portugueses não teriam tanto crédito pessoal com prestações tão incomportáveis para o seu orçamento familiar.

Qual a Disposição Para Melhorar as Suas Finanças Pessoais?

A atitude de avestruz, de enterrar a cabeça na areia, não permite curar a eventual doença financeira. Infelizmente muitas pessoas demoram tempo a assumir os seus problemas financeiros, mesmo quando os sintomas já estão mais do que evidenciados.

Os Típicos Sintomas de Problemas Financeiros nas Suas Finanças Pessoais são:

• Incapacidade de pagar a tempo e horas despesas essenciais, como os contratos de água, eletricidade ou gás.
• Recurso frequente a compras fracionadas através do cartão de crédito.
• Precisar de utilizar mensalmente o descoberto da conta ordenado.
• Dívidas às Finanças e Segurança Social – Os atrasos no pagamento de impostos ou à Segurança Social são muitas vezes motivo de penhoras muito penosas para os cidadãos.
• Dívidas à banca – Cair em incumprimento, ou mesmo atrasos nas prestações, implicam juros de mora e comissões que encarecem ainda mais o custo do empréstimo. Quanto mais tempo deixar passar mais difícil será a regularização das faltas.

Qual o Remédio?

Os sintomas acima descritos evidenciam que há uma doença nas suas finanças pessoais que tem de ser tratada. Para corrigir é necessário ir à origem do problema e para o retirar da sua vida. Há instituições de consultoria financeira que poderão ser a chave do tratamento.

Para tirar melhor proveito da intervenção destes consultores procure fazer a sua parte, nomeadamente:

• Ter um orçamento familiar controlado diariamente;
• Eliminar as despesas que não são essenciais à vida;
• Libertar-se do que não precisa e até quem sabe fazer negócio com isso;
• Atuar no tratamento dos seus créditos de forma global: crédito consolidado pode ser uma boa solução;
• Estudar as ofertas da concorrência e negociar melhores condições nos seguros e nos contratos de telecomunicações ou pedir um desconto;
• Verificar se valerá a pena juntar o operador da eletricidade e do gás num único.

Não deixe para amanhã a resolução dos seus problemas financeiros. O que puder fazer hoje faça-o!