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Transferências bancárias imediatas e os desafios da nova banca

Finanças Pessoais

Transferências bancárias imediatas e os desafios da nova banca

2 min Partilhar 22 de Novembro, 2018

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Já ouviu falar de transferências bancárias imediatas e tem algumas dúvidas? Este artigo é para si. O certo é que a tradicional frase que nos informa que depois das 15 horas a nossa transferência bancária só será processada no dia seguinte tem os dias contados.

Qual o sistema tradicional?

O sistema de transferências bancárias tradicionais pode levar a que o seu dinheiro só esteja disponível, em alguns casos, até 4 dias depois de realizada a transferência. As transferências mais comuns são realizadas no dia útil seguinte existindo o limite das 15 horas para contabilização.

O que mudou no sistema de transferências?

Em Portugal já se consegue, pelo menos desde Setembro de 2018, fazer este tipo de transferência imediata, num tempo estimado até 10 segundos. Mesmo em dias não úteis.

Neste momento, deve estar a questionar-se se existirão custos associados às transferências imediatas. E sim, existem, dependendo do preçário de cada banco. Por exemplo, no ActivoBank, uma transferência imediata tem um custo de 1,50€ + Imposto de selo.

Com as mudanças implementadas desde há um ano na Europa, pagar compras ou serviços e realizar transferências pela Internet será mais rápido, cómodo, seguro e barato. Esta possibilidade nasce sobretudo através de novas aplicações tecnológicas para telemóveis, tablets ou computadores.

Mas as mudanças não se ficam por aqui

Em Novembro do ano passado o Banco Central Europeu (BCE) iniciou o sistema TIPS (target instant payment settlement) para melhorar as transferências bancárias entre os diferentes países.

Entretanto, o diploma que transpõe a directiva comunitária dos Serviços de Pagamento e da Moeda Electrónica, conhecida por PSD 2, que prevê que entidades não financeiras tenham acesso directo às contas bancárias dos clientes, entrou em vigor em Portugal precisamente a 14 de Novembro, quase um ano depois do seu arranque.

Na prática os particulares ou empresas passam a poder fazer pagamentos sem sair do site onde estão a fazer compras, ao contrário do que acontece até agora, em que é necessária a realização de uma transferência, o uso de um cartão de crédito ou de débito – sistemas que a inovação tecnológica vai tornar obsoletos em breve.

O Banco de Portugal frisou, no âmbito deste novo processo agora acessível no país, o reforço das condições de segurança pela “adopção de mecanismos de autenticação forte”.

Esta realidade concretiza-se por meio do trabalho das novas tecnologias financeiras, criadas por empresas chamadas Fintech, que os bancos já incorporaram em parte, nomeadamente nos serviços homebanking ou MBWay.

Para a concretização plena das novas funcionalidades, a SIBS, a sociedade que gere a rede Multibanco, está a desenvolver a plataforma open banking, que vai gerir o acesso às contas, mas que estará apenas disponível em Setembro de 2019, segundo informação oficial.

Desafios presentes e futuros

Se as startup que produzem tecnologia para a banca têm feito um caminho de cooperação com o sector bancário, para melhor servir particulares e empresas, neste momento, a perspetiva da Associação Portuguesa de Bancos (APB), é de que as atenções se devem virar para a regulamentação em torno dos operadores das grandes plataformas digitais, como a Google, Amazon, Facebook ou Apple, todos eles entidades não europeias.

A questão reside no facto de aquelas entidades terem muita informação sobre os clientes, o que lhes permite oferecer produtos feitos à medida. Sem regulação adequada, o perigo seria afastarem os restantes operadores do sistema.

E agora?

O futuro será certamente repleto de inovação. Os clientes bancários terão cada vez mais serviços e vantagens e os custos serão também um foco de concorrência. Veja assim qual o melhor banco para a sua conta à ordem e aproveite a inovação financeira.



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