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Será que os depósitos a prazo são mesmo maus?

Poupança Profissional

Será que os depósitos a prazo são mesmo maus?

2 min Partilhar 8 de Março, 2019

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Começo a abrir com um título à padeiro para chamar a atenção. Para chamar a atenção para um produto financeiro que é muito popular mas que talvez não seja a melhor solução para a maioria das pessoas. De seguida falo-lhe sobre os depósitos a prazo e dou-lhe a minha opinião.

O que são mesmo os depósitos a prazo?

É simples. Se faz um depósito a prazo está a emprestar dinheiro ao seu banco, com um determinado prazo e com uma taxa de juro determinada à partida. O risco que corre é que o banco entre em falência e não possa devolver-lhe o dinheiro e os juros que lhe deve. E mesmo assim, existe um Fundo de Garantia de Depósitos que garante o pagamento de até um montante de €100.000 por contribuinte. Pessoalmente acho que apesar de ter mérito, o fundo de garantia é uma clara desresponsabilização dos bancos pela sua solidez financeira, pois mesmo que o banco não valha nada tem uma garantia, que na prática representa mutualizar o risco.

Será que compensa fazer um depósito a prazo?

Qualquer produto financeiro tem as suas potencialidades, os seus riscos e o seu retorno. No caso dos depósitos a prazo, e para o comum dos mortais, os depósitos podem ser tidos como isentos de risco. No entanto, as taxas de retorno são miseráveis, estando os bancos a dizer que não querem o nosso dinheiro, apesar de o aproveitarem para depois emprestarem a taxas superiores a 10%.

Claramente que percebe pelas minhas palavras que considero, aos dias de hoje (já gostei bastante destes produtos, quando tinham taxas bastante maiores), que os depósitos a prazo são um produto miserável e que as taxas de juro são um insulto (para isso mais vale amortizar os créditos). Sim, porque a generalidade dos bancos, salvo raras exceções, confere taxas de juro inferiores a 0.1% a 12 meses. Atualmente, os incentivos à poupança são inexistentes. As comissões sobem. Os impostos não param de subir. E quem tem dinheiro é perseguido e quase que criminalizado.

O que fazer então?

Não basta criticar estes produtos e muito menos recomendar que coloque o dinheiro debaixo do colchão, porque isso seria ainda pior (conheci um tipo que levantou todo o dinheiro do banco e colocou em casa e que a partir desse dia não saia de casa com medo que fosse roubado). É preciso apontar alternativas. E existem alternativas. Como sejam:

  • Os produtos de aforro do estado, que têm taxas de juro menos miseráveis e têm um nível de risco mais reduzido;
  • Os seguros financeiros, que permitem taxas de retorno superiores a 1%, com garantia de capital e de juros e com uma tributação mais favorável;

Existem outras alternativas ainda…

Tenho explorado as alternativas do investimento imobiliário e das Fintechs, alternativas que me têm conferido taxas de retorno superiores a 10%, sendo que no caso do imobiliário ainda têm uma valorização bastante simpática.

De pouco vale queixarmo-nos e não procurarmos alternativas, pois se nada fizermos e se a lei da inércia imperar, acabaremos por sair, como sempre, prejudicados. E aí os bancos usam o nosso dinheiro e não nos pagam nada por isso. E isso não é ser inteligente. Certo? Agora já percebe porque é que eu acho que os depósitos a prazo de hoje em dia são uma bosta?



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