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Vá votar! A Economia do país precisa de si.

Opinião

Vá votar! A Economia do país precisa de si.

3 min Partilhar 1 de Março, 2024

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Vá votar, a economia do país precisa de si e sobretudo não deixe que os outros decidam por si.

Se pode votar e decidir o que considera o caminho certo para Portugal, porque não o faz? Sabia que até 1974, nem todos os portugueses tinham direito a votar? E que lutaram para poder ter voz ativa no rumo que queriam para Portugal? Se hoje vota a eles os deve. Então se hoje pode votar porque não faz? Lembre-se que se não votar está a deixar que os outros decidam por si. Não deixe. Vá votar. A economia do país precisa de si.

Em 1911 só alguns homens podiam votar.

Na primeira lei eleitoral portuguesa (1911) apenas se reconhecia o direito de voto a “cidadãos com mais de 21 anos que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família”. Ora, numa altura em que a taxa de analfabetismo era elevada, certamente não eram muitos os que podiam votar.

Isso sem falar nas mulheres que só mais tarde conseguiram o direito de voto. Bem, nem todas, já que em 1911 Beatriz Ângelo, médica viúva, aproveitando-se do facto do termo “cidadãos” ser plural, conseguiu em tribunal, alegando ser chefe de família” autorização para votar nas legislativas de 28 de maio de 1911. Consequências? Mudaram a lei eleitoral em 1913, passando a considerar que só “cidadãos do sexo masculino maiores de 21 anos que soubessem ler e escrever” podiam votar. Ou seja, excluíram expressamente as mulheres.

Mas hoje já não é assim, porque não vota?

Em 1931 algumas mulheres adquirem direito de voto

Mas as mulheres não desistiram e em 1931 o direito de voto é alargado às mulheres que têm cursos secundários ou superiores. Quanto aos homens manteve-se apenas a obrigatoriedade de saber ler e escrever. Mas mesmo assim nem todos os portugueses podiam votar.

E se hoje não é assim porque não vota?

Em 1946 é alargado o direito de voto

A luta pelo direito de voto continuou e em 1946 a nova lei eleitoral alarga o direito de voto aos homens analfabetos desde que pagassem 100 escudos (0,5€) de impostos e às mulheres casadas, que soubessem ler e escrever e tivessem 200 escudos (1,00€) de contribuição predial.

E se hoje já não é assim porque não vota?

Em 1968 o direito de voto é alargado a mais portugueses

Em 1968, pela lei 2137, o direito de voto é alargado a todos os que soubessem ler e escrever e os que sendo analfabetos já estivessem recenseados pela lei anterior.

E se hoje já não é assim, porque não vota?

Hoje o direito de voto é universal

De facto, só depois do 25 de abril de 1974 o direito de voto se tornou universal. Assim, hoje todos os cidadãos maiores podem exercer o direito de voto.

Votar é mais do que um direito é a maneira de manifestar o que quer para Portugal

Se os seus avós e bisavós lutaram para poder votar, porque é que hoje que pode votar não o faz? Ao votar está a manifestar o que quer para o futuro do país onde vive, ou seja está a contribuir para a economia do país onde os seus filhos e netos vão viver.

Na realidade ao não votar está a deixar que outros decidam por si. E claro, perde o direto de se queixar se não concordar com rumo que outros decidiram. E votar branco ou nulo também não é solução já que só contam os votos expressos.

Assim, no dia 10 de março vá votar. Expresse com o seu voto a sua opinião. Lembre-se a economia do país precisa de si.



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