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Como Criar uma Estrutura em Finanças Pessoais

Existem dicas em Finanças Pessoais que são extremamente úteis para quem as pretende implementar, sendo que todas elas apresentam uma potencial enorme de poupança e gestão do dinheiro.

Já disponibilizamos diversos artigos interessantes neste domínio, como por exemplo, o nosso Mini Guia para Poupar Realmente Dinheiro onde abordamos a importância da automatização na gestão do dinheiro, ou por exemplo, o artigo Finanças Pessoais em 6 Simples Regras onde a simplicidade é o caminho para uma correta gestão das suas Finanças.

A automatização é, do meu ponto de vista, um dos procedimentos mais importantes em Finanças Pessoais, pois permite atribuir valor ao seu dinheiro na medida em que se atribui como primeiro beneficiário do seu esforço de trabalho.

Todavia, automatizar não deverá ser apenas encarado como o processo de garantir o pagamento de todas as despesas e contribuição para poupanças, mas sim como estratégia individual para as mais diversas prioridades e objectivos definidos para a sua vida financeira.

Essa estratégia individual deve ser, em termos de automatização, definida como uma estrutura em finanças pessoais, na medida em que a definição de um plano programado de constituição de estrutura definirá o sucesso da mesma e a manutenção ao longo de diversos períodos de tempo.

A ideia é simples e eficaz, pois cada elemento dessa estrutura possui um objectivo definido e uma contribuição pré-estabelecida.

Retomando, o artigo sobre quais as suas prioridades financeira, destacamos a importância de definir antecipadamente o que é mais importante para a sua vida pessoal e familiar, na medida em que, sabendo quais as suas prioridades mais facilmente define os seus objectivos.

Podemos considerar planear a reforma ou a reforma como uma prioridade de vida sendo que o objectivo dessa prioridade pode ser alcançar um montante de dinheiro considerável que garanta uma reforma estável. Imaginemos que 100 000 euros é um valor aceitável para iniciar a reforma, logo, tendo em conta o prazo até tal momento de vida, quanto anualmente deverá contribuir para esse fim.

De igual modo, todos os que gostam de usufruir de um bom período de férias anualmente, possuem preocupações acrescidas para tal, pois terão que efetuar um esforço financeiro no momento das mesmas. Neste caso o planeamento antecipado facilita o acesso a férias.

Note-se que, é errado em Finanças Pessoais aconselhar a eliminação de férias, pois as férias servem como carregador de baterias para um novo ano de trabalho e ainda como o período de tempo onde a motivação será alimentada. Imagine que poupou para as suas férias de forma automática, ao usufruir das mesmas irá se sentir satisfeito com tal esforço financeiro e quererá repetir todo o processo novamente, criando o hábito de poupança e constatando que o procedimento é valido e pode ser aplicado noutras áreas da sua vida.

Obviamente que qualquer prioridade ou objectivo de vida poderá ser elemento de uma estrutura programada em Finanças Pessoais.

Estrutura Finanças Pessoais

Explicação

Consideramos aceitável que automaticamente contribua com 10% do seu salário para a reforma, pois é certo que a cada dia que passa temos menos garantias de que teremos uma reforma aceitável. É certo que 10% do salário poderá não representar um reforma significativa se tal contribuição se iniciar após os 40 anos de idade, todavia, fica ao critério do leitor a incrementação de tal dotação consoante a idade em que se encontra. Para tal, aconselho a leitura do artigo, quanto deverei poupar para a reforma para verificar qual o melhor para o seu caso.

Já no que toca, ao fundo de emergência todas as dúvidas foram esclarecidas no artigo Porque deve constituir um Fundo de Emergência e na nossa estrutura aconselhamos apenas à criação de um Fundo de Emergência que garanta o pagamento de todos os encargos mensais que possui durante 6 meses, todavia, possuir um valor superior é uma mais valia para despesas inesperadas. Após a conclusão deste objectivo deverá a percentagem de contribuição ser direcionada para a amortização de créditos e caso estes últimos não existam então para a reforma.

A existência de um elemento cujo objectivo é a amortização de créditos pretende criar índices de poupança em juros pagos, pois, na sua maioria, os juros pagos ao banco são superiores aos juros recebidos. De igual modo, a inexistência de créditos é o caminho para o enriquecimento financeiro, pelo que é o melhor caminho a seguir.

O elemento poupanças deve ser utilizado para os mais diversos fins, como por exemplo, a concretização do objectivo férias ou compra de carro. Ao criar um processo automatizado para este fim permite-lhe criar condições para adquirir os produtos que deseja nas melhores condições, isto é sem recurso ao crédito ou com recurso ao mesmo mas com entrada inicial considerável.

Deixamos para ultimo o elemento despesas e encargos que absorve 60% do rendimento mensal, pois incorpora todos os encargos mensais, como por exemplo, energia, créditos, cartões, alimentação, vestuário, etc.. Como pode reparar, existe uma despesas denominada livre que é precisamente para os pequenos gastos mensais supérfluos, ou, como costumam dizer na gíria popular, os pequenos mimos. Considero importante a existência de pequenos mimos para alimentar a motivação de poupança, pois sem motivação qualquer estratégia pessoal simplesmente acaba sem sucesso.



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