Já imaginou o que faria se não tivesse prestações com créditos? Qual seria o sentimento de liberdade e de segurança que isso não trazia? Neste artigo vou-lhe falar da minha experiência com créditos e com a resolução de problemas de sobreendividamento. Talvez tenha alguma ideia que o possa ajudar.
Também eu já tive medo…
É verdade. Nem sempre tive a mesma visão sobre o endividamento. No início da minha vida considerava as dívidas como algo errado ou negativo. E olhava para a dívida desta forma em parte por desconhecimento mas também em parte porque sabia a prisão que é viver com dívidas. Felizmente nunca fiz parte das pessoas que tinham demasiados créditos pois a minha crença sobre as dívidas fazia-me ser mais prudente.
Na realidade, ter dívidas provocava-me medo. Pensava sempre sobre o lado errado das coisas. O que me aconteceria se não conseguisse pagar a prestação. O que seria de mim e da minha família se perdesse o meu emprego e não tivesse apoio para pagar ao banco. É este o sentimento que a dívida traz associado. Por um lado, pedir dinheiro emprestado ajuda-nos a cumprir com um sonho ou com um objetivo de vida mas por outro traz consigo associado um encargo fixo incontornável.
Até que mudei a minha visão sobre as dívidas
Ter uma dívida não tem por que ser errado à partida. Mas para não ser errado temos de considerar claramente para que é que serve o dinheiro e para que servem as dívidas. Ou para que não servem as dívidas.
Acredito hoje em dia que para conseguirmos atingir níveis mais elevados de riqueza precisamos de recorrer ao endividamento. Precisamos de pedir dinheiro emprestado para podermos investir e multiplicar os nossos rendimentos. Foi aí que comecei a investir no imobiliário com recurso à dívida, uma experiência que contarei noutra altura.
Mas e o que acontece se usarmos mal a dívida?
Pois, este é o grande problema. Se usarmos apenas o nosso dinheiro o risco que corremos é ficarmos sem ele (com as consequências que isso tem). Mas se usamos o dinheiro dos outros e se as coisas não correm bem… não só perdemos o nosso dinheiro como teremos ainda mais consequências. Temos de pagar ao banco e se não o fizermos outros problemas como sendo penhoras e afins.
O problema hoje em dia é que muitas famílias estão confrontadas com más decisões relativamente ao crédito. Assim, vivem presas ao pagamento das prestações e com grandes dificuldades conseguem pagar, deixando para segundo plano as despesas essenciais como a alimentação. As dívidas podem matar. As vezes matam devagar. Trazem consigo preocupações apenas. Mas estas preocupações trazem problemas familiares e problemas de trabalho. Afunilamos a nossa atenção na solução de um problema e esquecemos que estamos a criar outros tantos problemas. As vezes problemas mais sérios, pois envolvem algo mais importante do que o dinheiro. Envolvem o casamento, os filhos ou a saúde.
Qual é a solução?
Não há soluções milagrosas. No entanto, é certo que existem sempre soluções para os problemas. O facto de tentarmos ignorar um problema só o vai agravar. Para resolvermos qualquer tipo de problema temos de falar sobre ele. Procurar ajuda. Procurar aconselhamento. Não fingir que as coisas passam com o tempo como que por algum efeito de magia. Se está já numa situação de emergência financeira deverá ter a confiança de falar sobre isso com o seu marido ou mulher. De falar com algum familiar ou um amigo de mais confiança. Se quiser poderá também enviar-me as suas preocupações que tentarei ajudar. Tudo na vida tem uma solução, por mais difícil que isso possa parecer!