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Como saber se um investimento é atrativo

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Como saber se um investimento é atrativo

2 min Partilhar 2 de Junho, 2022

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Investimos para ganhar dinheiro. Colocamos o nosso dinheiro a trabalhar para nós e queremos que seja produtivo. Existem muitas aplicações financeiras para o seu dinheiro e é importante perceber se determinado investimento é atrativo. Neste artigo vamos falar-lhe do retorno que podemos esperar de diferentes ativos.

Como saber quanto exigir de retorno de um investimento?

Existem diferentes níveis de retorno esperado para cada investimento. Sabemos que se não arriscamos não podemos querer ter muito retorno, embora alguns “investidores” tenham percebido isso da pior forma em Portugal. O certo é que existe e sempre existirá uma relação direta entre retorno esperado e risco.

A teoria financeira classifica os investidores como “avessos ao risco”, querendo isto dizer que:

  1. Para o mesmo nível de risco, queremos o maior retorno possível;
  2. Para o mesmo nível de retorno, queremos o menor risco possível.

Parece simples. Esta premissa faz todo o sentido em termos teóricos, mas sabemos que a realidade é muito diferente. Simplesmente, muitos investidores contentam-se com baixos níveis de retorno para riscos elevados.

Começamos no ativo sem risco

Todos os investimentos devem ter como baliza as taxas de retorno dos ativos sem risco. Podemos sempre pensar que risco há sempre, o que é verdade, mas existe um ativo que tem o menor risco de todos numa economia. Esse ativo são as Obrigações de Governos, como os empréstimos ao Governo dos EUA ou da Alemanha.

Estes ativos permitem-nos obter determinado nível de retorno. Já chegou a ser negativo mas com a subida das taxas de juro tem havido uma subida do retorno destes investimentos menos arriscados. Tendo em conta este risco, não faz sentido exigir um retorno inferior ao retorno proporcionado por estes ativos pois, caso contrário, deveríamos investir neste ativo (pelo menos se formos racionais).

Determine o prémio de risco para o risco do seu investimento

O passo seguinte consiste em perceber o prémio que vai exigir para assumir riscos. Estando a falar de investimentos mais arriscados do que o investimento no ativo sem risco, temos de somar algum prémio que nos compense, aquilo que a teoria financeira chama de prémio de risco. Como facilmente percebemos, o prémio de risco depende do nível de risco adicional que vamos tomar, sendo certo que existem diferentes níveis de risco ao dispor.

O que importa referir é que, sempre que pensa num investimento e no retorno que quererá obter desse investimento, terá de considerar o patamar mínimo de retorno (“activo sem risco”) e um prémio de risco. É simples. Não se esqueça desta máxima, pois tem de ser devidamente remunerado pelo risco em que incorre.

O que fazer com esta teoria toda?

Mostrámos acima algo que nos parece bastante simples e imediato mas que sabemos que é esquecido. Esta teoria destina-se a que reflita sobre a necessidade de ser compensado pelos riscos que corre, o que obrigará a que seja mais criterioso na escolha de investimentos. Por exemplo, talvez não faça sentido emprestar dinheiro aos bancos (depósitos a prazo) se receber menos do que consegue com os certificados de aforro. Por outro lado, o investimento imobiliário permite-lhe uma relação risco/retorno potencialmente mais interessante do que o investimento em determinados fundos de investimento, especialmente se investirmos com recurso a crédito habitação para investimento.



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