Ao longo dos últimos anos temos alertado para a importância de poupar para a reforma. É cada vez mais evidente que temos de poupar e para tal foram sendo criadas diversas aplicações financeiras, como os PPR ou Planos Poupança Reforma. Neste artigo vamos mostrar-lhe que nem todos os PPR são iguais e damos-lhe algumas dicas para .
Os PPR não são todos iguais
Os PPR são aplicações financeiras pensadas para o investimento de longo prazo. Existem diferentes tipos de PPR que variam de acordo com vários fatores:
- Garantia de capital, pois nem todos os PPR garantem o capital investido, podendo em alguns casos existir o risco de perda de capital;
- Garantia de retorno, em que alguns PPR mais conservadores apresentam uma taxa mínima garantida definida pela entidade gestora.
- Entidade gestora, podendo ser geridos por sociedades gestoras de fundos ou companhias de seguros;
- Comissões cobradas, nomeadamente comissões de subscrição e comissões de gestão, com diferenças que poderão chegar a mais de 2 ou 3 pontos percentuais por ano.
Estes e outros fatores fazem com que nem todos os PPR sejam adequados para todas as pessoas. E fazem com que nem todos os PPR sejam bons. Assim, escolher um bom PPR pode marcar toda a diferença na acumulação das suas poupanças.
A importância de fazer contas
Se quiser poupar, qualquer que seja o objetivo, é fundamental fazer contas. E para isso temos de saber:
- Quanto queremos poupar no final do prazo?
- Quanto podemos poupar todos os meses?
- Qual o prazo que temos para poupar?
- Qual o risco que estamos dispostos a assumir?
Com base nestas respostas será mais fácil escolher uma aplicação financeira que nos ajude a atingir os nossos objetivos. Se repararmos, todas as variáveis abordadas acima (capital, poupança mensal, prazo e risco) estão relacionadas, sendo que umas afetam as outras. Se queremos poupar mais, temos de fazer entregas maiores, por um prazo mais alargado. Se não conseguimos poupar um valor mais elevado todos os meses, teremos de aplicar o dinheiro durante mais tempo. Ou temos que optar por um produto com maior potencial de rendimento e também mais risco, o que pode não ser adequado a todos os perfis.
Como fazer as contas?
Podemos fazer as contas com recurso a um programa de Excel ou com um recurso a um simulador pensado especificamente para o efeito. O fundamental é ganhar a sensibilidade para o impacto que cada variável tem no atingimento dos nossos objetivos e no esforço que nos é exigido. Por exemplo, se usar o poderá perceber que atingir os seus objetivos será mais fácil do que pensa, pois irá ter a recomendação do PPR mais adequado ao seu caso concreto:
- Se iniciar a sua aplicação aos 30 anos e investir €100 todos os meses no PPR recomendado, poderá reformar-se com quase de €200 mil;
- Por cada €10.000 aplicados num PPR poderá estar a perder até €790 por ano face às recomendações;
- Uma diferença de 1% no retorno anual de um PPR, num plano de entregas programadas de €100 por mês ao longo de 30 anos representa uma diferença de €11.000 no capital acumulado.
A pergunta-chave – Vale a pena mudar?
Os vários exemplos que apresentámos dão uma resposta imediata à pergunta. Vale mesmo a pena mudar e escolher um PPR que seja mais adequado às suas necessidades. Como falamos de investimentos existe sempre a componente da incerteza e do risco. No entanto, ter algum critério na escolha e o apoio de um simulador de reforma que nos ajude a fazer as contas é meio caminho andado para tomar decisões mais informadas. Por que não experimentar?
se pode .