Aos falarmos de crise temos reações curiosas. Parece que é crime falar de crise e que não devemos invocar esta palavra porque traz consigo azar ou outra coisa pior. No entanto, temos de ter sempre em consideração que as crises são algo que faz parte da vida. Umas vezes são mais severas. Outras mais ligeiras. O certo é que vão acontecer, pelo que temos de estar preparados para que aconteçam. Assim, deixo algumas ideias para que nos possamos preparar para uma crise.
Considerar a crise como algo certo e natural
A primeira ideia é considerarmos a crise como algo natural. Se é algo natural, devemos ter a capacidade de falar sobre ela de modo a nos prepararmos para eventuais sacrifícios que possam daí advir. No entanto, gosto de pensar que a minha vida em crise pode ser igual à vida fora dela. Se seguirmos algumas regras simples de gestão do dinheiro, conseguiremos viver com estabilidade ao longo dos vários anos. E que regras são essas?
Ter noção clara das prioridades
É fundamental termos uma noção clara das nossas prioridades. Saber o que precisamos e o que não precisamos. Saber aquilo que é necessário e aquilo que não é. E isto é fundamental pois, em momentos de cortar os custos, vamos saber onde podemos atuar mais rapidamente sem colocar em causa a segurança financeira da nossa família. É claro que podemos manter uma postura de corte de custos e de procura da eficiência financeira ao longo da vida, mas também é natural que queiramos ter mais alguns confortos adicionais, quando tal for possível.
Reforçar um fundo de emergência
Sabemos que emergências e imprevistos vão acontecer sempre, só não sabemos o dia e a hora. Assim, se tivermos o hábito de reforçar o nosso fundo de emergências saberemos que teremos uma reserva financeira para momentos de crise, seja para fazer face a uma redução do rendimento ou seja para colmatar alguma despesa necessária. Quando vemos uma crise a aproximar poderemos aumentar o esforço mensal para reforçar este fundo, numa postura de prudência que muito valorizaremos no futuro.
Atenção ao endividamento
Sou adepto do endividamento com pés e cabeça. É bom podermos recorrer ao crédito para fazer algum investimento criador de valor. No entanto, o endividamento implica uma prestação mensal que assume um peso bastante maior quando entramos em crise e temos uma redução de rendimento. Assim, pode fazer sentido ter atenção ao endividamento, especialmente aquele com taxas de juro mais elevadas. Por exemplo, podemos encontrar formas de reduzir encargos, renegociar créditos, consolidar os créditos ou mesmo transferir o crédito habitação para outra instituição.
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