Juros simples ou juros compostos, são termos que até pode já ter ouvido falar, mas sabe ao certo o que são? E juros capitalizáveis e não capitalizáveis? Não? E, se lhe dissermos que são outro modo de falar em juros simples e compostos?
Pois, na realidade existe um sem número de termos financeiros que, por serem técnicos, parecem confusos e difíceis. Mas não têm de o ser.
Neste artigo vamos explicar-lhe, de forma simples, o que são juros simples e compostos, o que os distingue e quais os melhores para maximizar a rentabilidade das suas poupanças.
Comecemos por saber o que são juros
Podemos dizer que os juros são a remuneração que se obtém por emprestar dinheiro.
De facto, ao contratar um crédito, tem de pagar juros ao banco pelo montante que este lhe emprestar. E durante o período em que o deve.
Por outro lado, ao constituir um depósito a prazo, está a emprestar dinheiro ao banco por um determinado período, e será o banco, por sua vez a pagar-lhe os juros. O mesmo acontece se aplicar o seu dinheiro em certificados de aforro ou certificados do tesouro. Neste caso será o Estado a pagar-lhe juros pelo dinheiro que lhe emprestou.
No entanto, pelas suas poupanças, dependendo do produto financeiro em que as aplicar, pode receber juros simples ou juros compostos.
O que são juros simples?
Os juros simples, também são denominados de não capitalizáveis. São calculados multiplicando o valor aplicado pela taxa de juro acordada. Podem ser pagos mensal, trimestral, semestral ou anualmente dependendo do prazo definido no produto em que aplicou as suas poupanças. E findo esse prazo recebe o seu valor na sua conta à ordem, mesmo que o montante que emprestou continue aplicado no produto que escolheu, e desta forma a render-lhe mais juros.
Depósitos a prazo não capitalizáveis e certificados do tesouro são produtos com juros simples.
Vejamos dois exemplos
Decide aplicar 5.000€ num depósito a prazo a um ano com uma taxa de juro (TANB – taxa anual nominal bruta) de 2%.
Ao final de um ano, para além de lhe ser devolvido o montante que aplicou receberá 100€ de juros (mas note que sobre este valor ainda pagará IRS de 28% pelo que em termos líquidos apenas recebe 72€). Se o renovar por mais um ano à mesma taxa no final do segundo ano recebe mais 100€.
Pode calcular os juros usando a seguinte fórmula:
Juros = valor aplicado x taxa de juro x 1 ano = Juros = 5.000 x 2% x 1 = 100€
Se aplicar os 5.000€ em Certificados do Tesouro, como estes têm o prazo de 7 anos, ao final de um ano recebe os juros na conta à ordem, mas o capital continua emprestado, pelo que no ano seguinte receberá sobre os mesmos 100€. O capital só será reembolsado ao fim dos 7 anos (caso não o resgate antes, claro).
O que são juros compostos?
Os juros compostos, também são denominados de capitalizáveis. Neste caso, não recebe os juros na sua conta à ordem. Estes acrescem ao capital pelo que no período seguinte receberá mais juros.
Depósitos a prazo capitalizáveis e certificados de aforro são produtos com juros compostos. Sendo que, os certificados de aforro são o produto mais conhecido com este tipo de juros.
Vejamos um exemplo
Se aplicar 5.000€ num depósito a prazo a 2 anos, capitalizável com TAN de 2%, ao final de um ano tem 100€ de juros. Estes acrescem ao valor aplicado, que passa a ser de 5.100€ e no ano seguinte receberá juros de 102€.
Nos certificados de aforro acontece o mesmo, sendo que o prazo da série atual em comercialização é de 10 anos, o que permite uma boa rentabilização das suas poupanças.
Então qual escolher?
Pelos exemplos, claramente deve escolher produtos com juros compostos para maximizar a rentabilidade das suas poupanças. Com 5.000€ recebe de juros em 2 anos 200€ se aplicar num produto com juros simples, e 202€ se pelo contrário aplicar em produtos com juros compostos.