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Os Desafios da Formação de Executivos

Desenvolvimento Pessoal

Os Desafios da Formação de Executivos

2 min Partilhar 10 de Novembro, 2017

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Formação de Executivos

A Formação de Executivos é, no meu entender, um activo poderoso à disposição das empresas, numa época em que tanto se fala do “divórcio” existente em Portugal entre as Universidades e as Empresas.

Sou um apaixonado pelo mundo académico, por acreditar que o seu alinhamento com a esfera empresarial se pode traduzir em vantagens competitivas para a nossa economia.

Temos Um Problema De Liderança Nas Empresas Portuguesas

É sabido que um dos principais problemas das nossas Organizações, é um problema de liderança. Necessitamos de líderes capazes de potenciar as suas equipas, não só numa perspectiva financeira, como também (e sobretudo) na sua dimensão humana. É neste campo que a formação de executivos pode contribuir para capacitação das nossas lideranças.

Dentro da formação de executivos, existem diferentes metodologias, cada uma com as suas particularidades, das quais destaco a Formação Aberta (Inter ou de calendário) e a Formação Corporate (Intra ou in-company). Falemos um pouco sobre ambas…

Formação Aberta Para Partilha De Experiências

De um lado, temos a Formação Inter, que tem como trunfo a vantagem de permitir uma troca de conhecimentos, experiências e networking entre profissionais de várias realidades empresariais. Este facto, torna única cada edição, pois em cada sessão a experiência dos alunos é diferente, o que desafia o corpo docente a adaptar-te a diferentes contextos.

O principal desafio desta abordagem é talvez o de obrigar o corpo académico e desenhar modelos relativamente abrangentes que garantam que a componente prática permita uma aplicação de conceitos à vida profissional de todos os alunos. Por outro lado, para atingir os seus objectivos, a Formação Inter implica uma política de pré-selecção de candidatos que garanta, por um lado, uma homogeneidade e nivelamento de conhecimentos e, por outro lado, uma diversidade de experiências que permita uma frutuosa troca de experiências.

Neste contexto, sou adepto da adopção de ferramentas como “Case Studies” do “Coaching” ou até mesmo da realização de projectos individuais com aplicabilidade no contexto empresarial do aluno.

Programas Corporate Adaptados À Realidade De Cada Empresa

Do outro lado, temos a Formação Corporate (in-company), que aposta em programas e metodologias especificamente desenhadas para a realidade empresarial do cliente. Neste campo, sou defensor de se fugir da tendência simplista de “adaptar” conteúdos. Uma formação, para ser verdadeiramente à medida, só atinge reais frutos, se os seus programas e ferramentas forem desenhados de raiz, tomando em linha de conta a realidade concreta da empresa, sua Missão, sua Visão, seus Valores, sua Estratégia, seu Estilo de Liderança, seu Sistema de Gestão e (sobretudo) realidade concreta de cada grupo-alvo.

A Qualidade Do Corpo Docente É Fator Essencial

Em ambos os modelos (Inter e In-Company), creio que o principal desafio das nossas universidades passa hoje por garantir que o seu Corpo Docente, para além de uma “carreira” académica ímpar, é detentor de um percurso profissional de relevo, capaz de garantir uma aplicação prática dos conceitos académicos à realidade empresarial dos nossos dias.

Por fim, creio que qualquer formação, por muito prática que seja, só se traduz em verdadeiro Valor-Acrescentado para as empresas, se o Sistema de Gestão e Liderança dessas empresas valorizar e (sobretudo) incentivar a aplicação das ferramentas e conceitos apreendidos pelos seus colaboradores.



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