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Contas Poupança – Como escolher a sua?

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Contas Poupança – Como escolher a sua?

4 min Partilhar 28 de Junho, 2021

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Os portugueses já estão a desenvolver verdadeiros hábitos de poupança. Fomos forçados a adaptar-nos à crise, o que levou a uma grande subida da taxa de poupança das famílias. Neste artigo vamos falar-lhe das diferentes contas poupança para que tome a melhor decisão para o seu caso concreto.

Escolha contas poupança que permitam desenvolver hábitos de poupança

O fator crítico para o sucesso do seu esforço de poupança consiste no desenvolvimento de fortes hábitos de poupança. De pouco vale começar a poupar tendo as suas finanças desorganizadas ou não tendo hábitos de poupança, pois ao primeiro contratempo irá utilizar a sua poupança e deitar por terra todo o seu esforço.

Uma conta poupança que permita desenvolver hábitos de poupança é uma conta que possibilita fazer reforços periódicos e reforços pontuais. Deve ter essa flexibilidade para poder ver crescer o seu pé-de-meia com o tempo com o esforço do seu corte de custos. Os seus sacrifícios deverão poder render-lhe juros nas suas contas poupança.

Não se engane. Se não criar hábitos de poupança não irá conseguir atingir os seus objetivos. Somos “animais” de hábitos e se usarmos este conhecimento a nosso favor iremos ter mais sucesso. Se ignorarmos isto, iremos iniciar um esforço que rapidamente abandonaremos, porque não temos a motivação para continuar neste caminho.

Atenção à Instituição Financeira a quem confia o seu dinheiro

Um ponto de análise que não pode ser esquecido é perceber a quem estamos a confiar o nosso dinheiro. Ou seja, ao analisarmos as taxas de retorno de uma conta poupança devemos perceber a solidez do banco. É certo que não temos a capacidade de analisar os rácios de capital do banco, mas temos de perceber que onde há fumo normalmente há fogo. Logo, afaste-se dos bancos menos credíveis ou em que em relação aos quais existam rumores ou notícias de menor transparência.

Para além da escolha da instituição financeira, que deve ser ponderada e cuidada, devemos também escolher com cautela os produtos financeiros. Saber os riscos e as oportunidades. Conhecer as diversas características que podem afetar o valor dos seus ativos. E não acreditar em milagres, pois no tema do dinheiro, se parece bom demais para ser verdade é porque provavelmente é.

Escolha entre taxa garantida ou taxa variável

O grande ponto de análise para a escolha da sua conta poupança consiste na escolha entre produtos com capital garantido e produtos que não garantem capital. Numa altura em que as taxas de juro de mercado estão perto de zero (excluindo alguns produtos de poupança do Estado ou seguros de capitalização) é fundamental pensar se vale a pena poupar em contas que lhe garantem taxas de juro depois de impostos perto de zero.

Se escolher contas poupança sem capital garantido irá assumir algum risco adicional mas deverá estar a assumir riscos controlados de modo a poder captar algum retorno extraordinário – nunca se esqueça que quem não arrisca… não petisca!

No mundo da gestão do risco a diversificação dos seus investimentos por diversas contas poupança irá marcar toda a diferença. Por exemplo, nada o impede de colocar uma fatia do seu capital em Certificados de Aforro ou em Certificados do Tesouro Poupança Mais e outra fatia em fundos de investimento ou em Planos Poupança Reforma.

Escolha o melhor banco para as suas poupanças

A escolha do melhor banco para investir o seu dinheiro não se restringe apenas à escolha do banco que lhe dá melhores taxas nas suas contas poupança. Escolher um banco implica escolher um banco que:

  • Tenha uma oferta ampla de produtos financeiros, especialmente produtos de diferentes classes de ativos e diferentes entidades gestoras (a maioria das instituições portuguesas tem uma oferta muito reduzida o que compromete as suas opções e a sua qualidade);
  • Tenha uma reduzida estrutura de custos. Pagar comissões para se relacionar com o seu banco ou para subscrever produtos de aforro não é uma decisão acertada. Não é lógico ter de pagar para ser cliente do banco (devia ser o contrário…);
  • Seja um banco sólido e com bons consultores financeiros Os consultores deverão ajudá-lo a escolher os melhores produtos ou contas poupança para aplicar o seu dinheiro.

A escolha das suas contas poupança não se pode restringir à escolha da melhor taxa. Aliás, sugerimos sempre que assuma riscos e que procure diferentes alternativas. Deverá olhar também para o banco, para a oferta disponível e para os custos em que pode incorrer. Custa-nos ver o seu esforço deitado por terra por trabalhar com o seu banco de sempre que pode não ser o melhor banco para as suas poupanças.

Por que não diversificar riscos?

Quando falamos em poupanças tendemos a pensar apenas em aplicações sem qualquer tipo de risco. Ao não querermos arriscar perder o mínimo que seja acabamos por perder dinheiro, uma vez que a taxa de inflação nos “come” o retorno que temos. Assim, o que por vezes é sugerido é que coloque grande parte do seu dinheiro numa aplicação sem risco e uma parte mais pequena em produtos com um pouco mais de risco. A ideia aqui é diversificar riscos e procurar taxas de retorno mais elevadas.

Por fim e não menos importante. Se iniciar o seu caminho e se criar hábitos de poupança já deu o passo essencial. De seguida será reforçar o esforço, aprender, estudar e ir aperfeiçoando os seus dotes de aforrador. Para isso, poderá gostar do nosso Guia do Investimento, um ebook gratuito que ajudará no seu percurso de investidor.

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