Neste artigo vamos comparar as vantagens e desvantagens de duas das mais populares aplicações financeiras para preparar a reforma. Veja o que é preferível, um PPR ou um fundo de pensões em alguns critérios como sendo a relação entre o risco e o retorno, os benefícios fiscais, a política de investimentos ou a possibilidade de mobilização do capital.
Risco vs. Retorno
Os Planos Poupança Reforma e os Fundos de Pensões são aplicações financeiras pensadas para o longo prazo. As famílias e as empresas procuram tipicamente as aplicações com capital e taxa de retorno garantida, sendo que assumindo esta tipologia ambos os produtos são equivalentes. No entanto, se procuramos níveis de retorno superiores temos de assumir mais riscos. Nesse caso, os fundos de pensões costumam ter balizas mais restritivas o que acaba por penalizá-los face aos PPR.
Benefícios fiscais
Tanto os fundos de pensões como os PPR dispõem do mesmo enquadramento fiscal, podendo existir algumas diferenças quando falamos de subscrição no âmbito de contratos de trabalho (os fundos de pensões tendem a ser preferidos pelas empresas na sua política de remunerações). De resto, ambos os produtos são equivalentes.
Política de Investimentos
Quando falamos de soluções sem capital garantido, deveremos atentar para o prospeto e para as regras de investimento do fundo. Como sabemos, ambas as aplicações são fundos de investimento autónomos, pelo que o que as distinguirá são as políticas de investimento expressas no momento da contratação. Caso queira assumir riscos mais extremos, os PPR têm vantagem face aos fundos de pensões. No entanto, para a maioria dos casos acabam por ser equivalentes.
Possibilidade de movimentação
Para comparar os dois produtos nesta categoria deveremos considerar qual o interesse que tem iniciar o seu esforço de poupança. Se o seu objetivo é única e exclusivamente a poupança para a reforça, poderá optar pelos fundos de pensões que dispõem de uma maior dificuldade de desmobilização antecipada. Acontece que tendemos a olhar para esta dificuldade como algo negativo, uma vez que nos restringe os movimentos. No entanto, esta restrição existe para nos facilitar o atingimento dos nossos objetivos.
Que aplicação financeira escolher para a sua poupança reforma?
Nesta análise estamos a comparar as duas aplicações como se fossem exclusivas. No entanto, poderemos diversificar os nossos riscos e optar pelas duas soluções. O fundo de pensões pode ser subscrito exclusivamente para poupar para a reforma e o PPR pode ser destinado a poupanças de longo prazo mas com maior liberdade de movimentos. No caso de poder escolher apenas uma, o plano poupança reforma deve ser o eleito.