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Resoluções de Ano Novo: 10 ideias para mudar as suas finanças

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Resoluções de Ano Novo: 10 ideias para mudar as suas finanças

4 min Partilhar 24 de Janeiro, 2022

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Ano Novo

Se quer mudar alguma coisa na sua carteira, por muito que lhe pareça difícil, tem de interiorizar que é a mudança de hábitos e a perseverança que lhe dão frutos. Traçar metas e objetivos intermédios para os poder cumprir; redefini-los por vezes, e escrevê-los e verbalizá-los, de modo a senti-los como prioridade são alguns dos métodos para lá chegar. Em termos financeiros, há estratégias vencedoras. Relembre-as e comece hoje mesmo.

Sonhar de forma concreta: regra geral, o que nos faz deixar o dinheiro voar é a nossa habitual procrastinação. Muitas vezes, por sabermos que não temos grandes rendimentos, evitamos pensar nisso, porque tudo nos parece impossível. Mas só enfrentando esse desafio poderemos melhorar o que quer que seja. Do ponto de vista das ciências do comportamento, e do coaching financeiro,  é importante mentalizarmos os sonhos, descrevê-los e sentir como seria realizá-los, tornando-os palpáveis (sim, escreva na agenda, partilhe com a família e faça desenhos se for preciso!). A nossa mente não faz distinção entre o que é verdade e o que é ficção, dizem os especialistas. ‘Carimbar’ a emoção de alcançar um sonho, positivamente, no cérebro vai ajudar-nos a dizer não quando alguém, ou algo, nos tentar a gastar o fundo que estamos a reservar para o nosso projeto. Portanto, poupar com objetivos claros vai trazer-lhe a motivação para se esforçar, com um sentido definido e alcançável.

Fazer um orçamento mensal/ familiar: planear é sempre meio caminho andado para melhorar. Em finanças diz-se que quem não mede, não consegue gerir. Anote todas as despesas fixas que tem por mês (renda, água, gás, luz, prestação da casa, etc.) e atribua um montante a cada gasto, percebendo ainda o quanto atribui a despesas extra e, se poupar algo, quanto sobra.

Renegociar contratos e serviços: uma das coisas em que conseguimos poupar mais é na renegociação de despesas de que não podemos abdicar, mas que é possível reduzir porque o mercado atual oferece uma escolha alargada. Reavalie os pacotes de telecomunicações, eletricidade ou gás: mude de operadora/prestadora de serviços ou desista de serviços que usa pouco.

Diminuir a taxa de esforço: se passou os últimos 2 anos com dificuldade em cumprir os seus compromissos, tente aliviar a sua taxa de esforço face ao seu rendimento mensal. Uma delas é, caso tenha vários empréstimos, consolidar todos num só e obter poupanças até mais de 50%, alargando o prazo de pagamento e/ou conseguindo o dinheiro mais barato, ou seja, reduzindo a taxa de juro.

Transferir créditos e seguros: em termos de seguros, perceba quem lhe pode dar as melhores condições e que ajusta as mensalidades ao orçamento de cada consumidor, porque este mercado tem soluções cada vez mais adaptáveis às suas reais necessidades, sem coberturas excessivas para a sua idade, situação e rendimento. Muita gente não sabe ainda que pode, por exemplo, transferir o Seguro de Vida associado ao Crédito Habitação sem qualquer penalização e obter poupanças até 60%.

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Reduzir as comissões de cartões e contas: opte por serviços bancários sem custos de manutenção, uma vez que já há muitas contas assim no mercado. No caso do cartão de crédito, se precisar realmente dele, compare cartões, especialmente aqueles cujas comissões são inferiores, e encontre um que lhe ofereça outros benefícios como descontos, milhas aéreas ou saldo para combustível.

Criar um pé-de-meia pessoal: o clássico fundo de maneio, a expressão tão portuguesa ‘pé-de-meia’, é mesmo incontornável. Uma base para emergências deve ter mais ou menos seis salários em produtos de capital garantido facilmente resgatáveis, ou seja, depósitos ou certificados de aforro. Tudo isto depende muita da situação financeira atual, claro, mas este deve ser o ano para começar, porque devagar se vai ao longe. Não vale desistir.

Fazer o desafio das 52 semanas: num ano existem 52 semanas e por cada semana a ideia é poupar o correspondente a essa semana em euros. Ou seja, na primeira semana poupa 1 euro, na segunda 2 euros e assim sucessivamente até chegar à 52ª semana em que deve poupar 52 euros. No final do ano, tudo somado, terá 1378 €. Pode também optar pelo método dos potes, por exemplo.

Investir: a depender da estrutura financeira, e do perfil de investidor, todos devíamos começar a investir, mesmo com muito pouco. No entanto, para quem consegue poupar algo por mês, acabam por ser um pouco frustrantes os produtos de capital garantido, porque as taxas são baixas no momento. Se conseguir poupar algo, ponha uma parte em produtos de capital garantido, como depósitos a prazo e certificados do tesouro/aforro. E pode colocar outra parte, ainda que menor (e de que não precise para viver), em produtos de médio e longo prazo, mas com maior potencial de rendimento, mesmo sem capital garantido, como alguns fundos de investimento.

Consumir de forma sustentável e mudar de hábitos: consumir menos, reciclar, reutilizar e reparar, em vez de comprar novo, são ideias práticas para melhorar o seu bolso e inevitáveis para proteger o ambiente. O mesmo no caso de aproveitar promoções, consumir localmente, poupar em transportes ou ganhar novos hábitos culturais e sociais. Sabemos que é nas pequenas despesas que a poupança se vai. Leve comida para o escritório, aproveite a cultura gratuita ou com descontos, reduza jantares e saídas sistemáticas, substituindo-as por encontros caseiros ou menos dispendiosos, compre em 2ª mão, troque com amigos e venda o que não precisa. Se lhe sobrarem 2 ou 3 horas, pode até conseguir um rendimento extra, como freelancer, a partir de um hobbie ou respondendo a inquéritos online, por exemplo. Há um mundo de hábitos novos a cultivar se queremos mesmo realizar o nosso sonho, seja ele uma viagem, uma casa, um curso, um pacote de explicações, um casaco ou um eletrodoméstico. O que importa é consolidar e manter as novas rotinas, e ter a flexibilidade de as redefinir se for preciso. Este é que vai ser o ano! Boa sorte!

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