Já nos vamos habituando a viver com a pandemia e com as restrições que tem induzido. Infelizmente, os seus impactos económicos ainda estão para se fazer sentir. Logo, temos talvez tenhamos de adaptar as nossas resoluções de ano novo para um ano de grandes desafios.
Ganhe consciência do contexto atual
É fundamental que tenhamos a consciência dos grandes impactos que esta crise vai trazer à nossa economia. Como já percebemos, não existem medidas de apoio às famílias e às empresas que tenham um impacto verdadeiro. Talvez a medida mais emblemática tenha mesmo sido a atribuição de moratórias que sendo um balão de oxigénio para empresas e famílias, escondem um problema e adiar as medidas para a sua correção. E o problema é que temos de cortar custos e encarar o futuro com maior prudência.
Constituir a sua poupança para emergências
Por que não aproveitar a redução de custos associada à moratória de créditos para constituir o seu fundo para emergências. Nesta fase não lhe falamos de elevadas poupanças, mas de uma poupança de €1.000 ou €1.500. Pode parecer bastante e talvez o seja para muitas pessoas, mas se teve a moratória do crédito habitação talvez consiga atingir esta poupança em 6 a 8 meses (ou mais rápido ainda).
Comece a cortar com os cartões de crédito
Os cartões de crédito têm vários problemas, sendo que um deles é a necessidade imperiosa de fazer pagamentos todos os meses. Já percebemos que se perdemos o nosso emprego teremos uma grande dificuldade em fazer estes (e outros) pagamentos. Logo, depois de termos constituído as nossas poupanças para emergências deveremos focar-nos em cortar com as dívidas de cartões de crédito. É certo que podemos desde já procurar consolidar os nossos créditos e com isso reduzir fortemente as nossas prestações mensais. Se tivermos um imóvel ainda melhor, pois podemos cortar as taxas de juro para perto de zero e aumentar os prazos.
Se tiver um crédito habitação…
Quem tem um crédito habitação pode tentar perceber se consegue poupar algum dinheiro na sua prestação mensal. Falamos aqui dos juros que paga no contrato, que poderemos reduzir com a negociação com o nosso banco ou com a transferência do crédito para outro banco (atenção que há bancos que suportam todos os encargos de transferência). Ou podemos aproveitar para renegociar os seguros associados ao crédito e aumentar as coberturas e baixar os preços. E já agora, atente à próxima ideia…
Por que não proteger-se em caso de desemprego?
Foi lançada recentemente uma nova cobertura no seguro de vida crédito habitação que consiste no pagamento das suas despesas domésticas como água, luz, gás, condomínio, IMI ou telecomunicações em caso de desemprego involuntário. Esta cobertura é algo que pode contratar como opção adicional ao seu seguro de vida crédito e por um valor residual tem uma proteção adicional de até €250 mensais. Assim, se perder o seu emprego tem aqui um balão de oxigénio para passar por esta fase tão complicada da sua vida.
Dedicar mais tempo à família e amigos
A pandemia deu-nos um conjunto de lições e uma delas foi valorizar aquilo que deve ser valorizado. A distância dos nossos familiares e amigos e o isolamento nas nossas casas tem-nos levado a valorizar mais o tempo, a companhia, a amizade. Como sabemos, estas são as coisas que dão um colorido especial às nossas vidas e devemos focar-nos nisso. O dinheiro serve para termos alguma qualidade de vida mas não substitui estas coisas que têm muito valor mas não tem preço. Logo, por que não ter como resolução para este ano difícil uma revalorização das suas relações sociais e familiares? Sim, nesta fase terá de ser à distância e com cautela. Nunca se esqueça que depois da tempestade virá a bonança.